Embora a Bolsa de Valores ainda seja um mistério para muitos, houve um aumento de 92,1% do número de investidores brasileiros entre 2019 e 2020. Inclusive, o número de mulheres investidoras também aumentou. Se você está pensando em integrar esses números, mas não tem ideia de como investir na Bolsa de Valores, este conteúdo vai lhe ajudar.
Entenda melhor o que é a Bolsa de Valores, o que são ações e como começar a investir pela primeira vez. Siga conosco!
O que é Bolsa de Valores?
A bolsa de valores é um ambiente onde são negociados valores mobiliários, como ações, títulos públicos e commodities.
Na prática, ela funciona como um mercado organizado para a negociação de ativos financeiros. O mais popular é a ação, mas há outros segmentos como: mercado à vista, derivativos listados, derivativos de balcão, ativos de renda fixa, crédito imobiliário e financiamento de imóveis.
Por isso, podemos entender a Bolsa de Valores como um local onde investidores se encontram, alguns para vender seus ativos e outros para comprá-los. É função dela, também, estabelecer as regras de negociação, tornando o ambiente o mais seguro e transparente possível.
Além de regular a compra e venda de ativos, a Bolsa pode atuar como agente de custódia (guarda centralizada das negociações realizadas) e agente de clearing (gerenciamento de riscos das operações realizadas pelos investidores).
No Brasil, a instituição que representa a Bolsa de Valores é a BM&F Bovespa, mais conhecida como B3. Cada país possui sua própria bolsa de valores, podendo até ser mais de uma. No nosso país, apenas temos a B3.
Recentemente, a bolsa de valores brasileira sofreu uma alteração que resultou na junção da BM&F Bovespa com a CETIP, nascendo a B3.
Funcionamento
Antigamente, o sistema de compra de ações acontecia por meio de um pregão viva-voz, mas hoje esse processo é feito totalmente online, por meio do Home Broker.
Basicamente, as operações na Bolsa são de três tipos:
- Swing Trade: operações de compra e venda de ações com duração de dias, semanas, meses e até anos. O processo consiste em comprar uma ação e aguardar o momento mais propício, ou seja, de maior valorização, para vendê-la. É indicado para quem não tem muito tempo para acompanhar o mercado e prefere uma estratégia de longo prazo;
- Day Trade: é a compra e venda de ativos no mesmo dia, lucrando com as oscilações do mercado. Essa é uma categoria de alto risco, por isso é mais recomendada para quem já tem experiência ou um bom conhecimento do mercado.
- Position Trader: A estratégia se baseia em comprar ações e segurá-las por um período mais longo. Além disso, o Position Trader trabalha com perspectivas a longo prazo para as empresas e visa ganhar dinheiro com o pagamento de dividendos.
Quais os riscos e vantagens de investir na Bolsa?
Se você está pensando em como investir na Bolsa de Valores, é preciso, primeiro, atentar-se às vantagens e desvantagens dessa opção, entendendo se ela, realmente, é adequada ao seu perfil.
Vantagens
Entre as vantagens de investir na Bolsa, podemos citar:
- possibilidade de investir a partir de pequenas quantias, principalmente graças ao mercado fracionário, no qual você pode comprar lotes menores de ações;
- possibilidade de alcançar altos rendimentos (bem maiores que o da renda fixa), desde que, claro, você faça uma leitura correta do mercado e aprenda como investir;
- acesso ao home broker, sistema online que as corretoras oferecem aos clientes, permitindo que você invista da sua casa ou de onde estiver, de maneira simples e rápida;
- ao comprar ações você pode se tornar sócio dessas companhias, lucrando de acordo com o crescimento delas;
- se você deseja lucrar no curto prazo, a Bolsa também oferece alternativas, como o day trade, com resultados em menos de 24 horas.
Desvantagens
Porém, também é preciso considerar os pontos negativos desse investimento, que são:
- alta oscilação dos valores das ações devido às incertezas políticas e econômicas e nem sempre é possível prever essa oscilação, o que causa incertezas ao investidor;
- risco mais alto do que os investimentos em renda fixa. Embora esse mercado possa ser bastante lucrativo, sem conhecimento e gestão de riscos, você poderá arcar com prejuízos altos;
- incertezas quanto a lucratividade, pois tudo dependerá, principalmente, da sua capacidade e conhecimento como investidor e também do seu controle emocional e disposição para entender e estudar o mercado.
O que são ações?
Antes de explicarmos como investir na Bolsa de Valores, é primordial que você compreenda exatamente o que são ações.
Ações são títulos que representam uma fração do valor total de uma companhia ou de uma sociedade anônima. É como se, ao comprar uma ação, você se tornasse dono de um “pedacinho” de uma empresa.
Quando uma companhia decide expandir, muitas vezes ela precisará de dinheiro para isso. E é nesse momento que os empresários optam por transformá-la em uma empresa de capital aberto, vendendo os papéis (ações) para obter recursos.
Os acionistas (quem compra as ações) passam a ter direitos e deveres, de acordo com a quantidade de ações que comprou. E, independentemente da parte comprada, os acionistas são reembolsados com parte dos lucros obtidos pela empresa – o valor é proporcional à quantidade de ações que você possui.
Qual o valor mínimo para investir na Bolsa de Valores?
Uma das dúvidas mais comuns sobre como investir na Bolsa de Valores é sobre o valor mínimo. Na verdade, não existe uma quantia mínima necessária para que você comece a investir na Bolsa.
Então, mesmo quem tem pouco dinheiro para começar, pode investir em ações e diversificar sua carteira.
É possível, como explicamos, encontrar cotas de ações mais baratas no mercado fracionário. Contudo, você sempre deve se atentar para os custos de operação – que podem fazer com que o investimento não valha a pena.
A boa notícia é que já existem corretoras que oferecem isenção da taxa de corretagem.
De qualquer forma, para que o investimento tenha uma boa relação de risco x retorno, a maioria das corretoras recomenda um aporte inicial de R$ 5 mil. Assim você conseguirá diversificar seus investimentos e ter um lucro que compense o custo operacional.
Mas isso não significa que você não consiga iniciar com menos, tudo dependerá das suas estratégias.
Como investir na Bolsa de Valores pela primeira vez?
Já está curioso para saber como investir na Bolsa de Valores? Veja as dicas que separamos.
Entenda seu perfil de investidor
Antes mesmo de comprar sua primeira ação, nossa dica é entender qual é o seu perfil de investidor, que pode ser:
- conservador: não está disposto a correr riscos e procura segurança nas aplicações, mesmo que isso signifique abrir mão de uma rentabilidade maior;
- moderado: investidor mediano, que aceita alguns investimentos com rentabilidade acima da média e alguns riscos, mas não está propício a perdas;
- agressivo: é o que mais aceita correr riscos em troca de uma lucratividade maior, por isso tem uma carteira mais competitiva.
Saiba escolher corretamente as ações
Depois de entender seu perfil, você poderá pensar em uma estratégia que faça sentido para você. Por exemplo, mantendo as ações por mais tempo, pensando em um ganho no longo prazo, ou atuando no day trade.
Outro passo essencial é escolher corretamente as ações que irão compor sua carteira. Para isso, você precisará realizar uma análise de investimentos – com o objetivo de traçar cenários sobre os preços futuros das ações, ajudando na escolha.
Basicamente, existem dois tipos de análise:
- técnica: utiliza gráficos de preço para identificar padrões e estimar o comportamento futuro de uma ação. Existem vários gráficos para essa análise que são diferentes para quem opera com day trade e swing trade, por exemplo;
- fundamentalista: estudo das características financeiras de uma empresa, como perspectivas de crescimento, fluxos de caixa e risco, determinando, assim, o valor potencial de uma ação, escolhendo papéis que tenham chances maiores de ganhos no futuro.
Conheça os custos
Além dos custos para comprar as ações, você precisará se preparar para as taxas. As corretoras de valores, que fazem a intermediação das operações, são remuneradas com uma taxa de corretagem – valor cobrado cada vez que alguém compra ou vende uma ação.
Muitas corretoras trabalham com uma taxa fixa cobrada a cada negociação, mas isso depende da empresa – e existem aquelas que não cobram taxa de corretagem.
Outra taxa é a de custódia que remunera a instituição pela guarda das ações ao longo do tempo. Contudo, é bastante comum encontrar corretoras que isentam os investidores dessa taxa.
E, ainda, há os custos com os tributos. O Imposto de Renda é aplicado sobre os ganhos obtidos e a alíquota é de 15%, com pagamento mensal por meio do carnê Leão.
Mas se o investidor fizer vendas abaixo de R$ 20 mil por mês, poderá ficar isento do IR.
Abra uma conta em uma corretora
Depois de entender todos esses pontos, é hora de partir para a prática e abrir uma conta em uma corretora autorizada. Na hora de escolher a empresa, avalie a taxa de corretagem cobrada, a taxa de custódia, a facilidade no uso dos sistemas de negociação, a disponibilização de relatórios e orientações sobre investimentos e a experiência de outros investidores.
Para abrir a conta, você precisará enviar alguns documentos e preencher alguns cadastros. Depois, terá que fazer uma transferência para que os recursos possam ser usados na compra das ações.
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Decida entre mesa de operações ou home broker
Geralmente, as corretoras oferecem as duas alternativas. O mais comum é o home broker, um sistema eletrônico no qual você mesmo cadastra suas ordens de compra e venda, operando diretamente.
Na mesa de operações, o investidor se comunica com um operador da corretora (e-mail, telefone ou sistema de mensagens) e envia a ele suas ordens de compra e venda de ações, para que o operador realize os negócios em nome do investidor. Normalmente, esse modelo é restrito a clientes de renda alta.
Depois, é só escolher suas ações pelos métodos que explicamos e começar a formar sua carteira.
Conclusão
Neste conteúdo sobre como investir na Bolsa de Valores, você viu que, os passos para começar são simples, o mais difícil, contudo, é reunir os conhecimentos adequados para definir as ações para compor sua carteira e as estratégias de atuação.
Por isso, conhecer muito bem o mercado e as formas de operar são fundamentais. Quanto mais conhecimento você tiver, mais bem-sucedida serão suas estratégias.
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