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Quem está pensando em começar a investir (ou já investe), com certeza ouviu o termo CDI. Afinal, não é incomum encontrarmos investimentos em renda fixa que dizem render 100% do CDI ou acima de 100% do CDI.

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Mas, de verdade, você sabe o que é essa taxa e qual a importância dela para o seu investimento? É sobre isso que abordaremos neste conteúdo. Siga conosco!

O que é CDI?

CDI é a sigla de Certificado de Depósito Interbancário e está relacionada a um tipo de empréstimo que os bancos realizam entre si, para fechar o caixa no positivo.

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O Banco Central tem uma determinação de que todo banco deve fechar o dia com saldo positivo. Ou seja, precisa ter mais dinheiro entrando do que saindo. Porém, nem sempre isso ocorre, por exemplo, quando o número de saques é maior do que a quantidade de depósitos.

Em uma situação como essa, o banco realiza um empréstimo para cobrir essa diferença e fechar o caixa no positivo. Esse empréstimo é realizado entre os próprios bancos – e, como toda transação desse tipo, também há a cobrança de juros, que são definidos pela taxa CDI.

Então, podemos entender que o CDI é uma taxa que demonstra o quanto os bancos estão ganhando de juros quando emprestam dinheiro a outros bancos. É por isso que costumamos classificá-lo como uma taxa de juros.

A taxa CDI é diária, calculada pela B3 (a Bolsa de Valores brasileira) a partir das operações realizadas no dia. A partir das taxas diárias, calcula-se uma média mensal e anual, e são essas as usadas para calcular o rendimento dos investimentos.

É o que chamamos de CDI acumulado. Ou seja, o número em porcentagem que representa o comportamento do indicador no período analisado. Então, temos CDI acumulado de 12 meses, CDI acumulado de 24 meses e assim por diante.

CDI, Selic e Taxa DI: qual a relação?

Além da CDI, existem outras taxas que costumam estar ligadas aos investimentos em renda fixa, especialmente a Selic.

A Selic é a sigla de “Sistema Especial de Liquidação e de Custódia” e é considerada a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela também é usada em operações financeiras realizadas entre os bancos, nesse caso envolvendo títulos públicos como garantia.

A cada 45 dias, em média, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reúne e define uma meta para a Selic. Essa é a taxa que encontramos nas notícias sobre economia e investimentos. Contudo, a taxa Selic efetiva acaba sendo aquela praticada pelo mercado, que acaba ficando ligeiramente abaixo da meta.

Já a taxa DI, na verdade, é o termo correto para a taxa CDI. Então, basicamente ambas significam a mesma coisa. A taxa DI acaba sendo a média dos juros praticados nas operações de CDI de um dia.

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Além da taxa DI, os bancos também consideram a taxa Selic como referência nos seus empréstimos. Por isso, embora Selic e DI não sejam idênticas, ambas seguem na mesma tendência e direção.

CDI e investimentos: qual a relação?

Quando falamos em investimentos em renda fixa, o DI acaba sendo uma das principais referências de rentabilidade. Pois, muitos são atrelados ao indicador ou o usam como benchmark (meta de desempenho).

Além da renda fixa, existem algumas outras categorias de aplicações que também realizam isso, como alguns fundos multimercado.

Por isso, é muito importante entender como os investimentos se comportam quando a CDI cai ou sobe – e também como ela influencia os investimentos que não são diretamente atrelados a ela.

Como já deu para notar, não existe como investir no CDI. Para nós, pessoas físicas, ele é apenas uma referência usada nos diversos investimentos. Ele funciona como uma espécie de “rentabilidade mínima” esperada de qualquer investimento. As modalidades indexadas ao CDI sofrem mudanças conforme esse índice varia.

Rentabilidades atreladas ao DI

Os investimentos com rentabilidade atrelada ao CDI usam o índice como referência e remuneram percentuais relativos a ele. Então, qualquer variação nessa taxa interfere no quanto o seu investimento irá render.

Alguns desses investimentos são:

  •         CDBs: a maior parte são pós-fixados e remuneram com um percentual da taxa do CDI;
  •         LCI e LCA: as opções pós-fixadas atreladas ao CDI são as mais comuns;
  •         Debêntures: títulos de crédito negociados no mercado de capitais emitidos pelas empresas (ao contrário dos anteriores que são emitidos pelos bancos). Muitas são pós-fixadas e remuneram com um percentual do CDI;
  •         CRI e CRA: títulos securitizados de renda fixa, lastreados em recebíveis do setor imobiliário (CRI) ou do agronegócio (CRA), muitos são atrelados ao CDI;
  •         Fundos de renda fixa simples: precisam investir, pelo menos, 95% do patrimônio em títulos públicos federais e demais títulos de renda fixa. Sua meta é acompanhar o desempenho da taxa do CDI.

O que significa 100% do CDI?

Muitos investimentos anunciam rendimentos de 100% do CDI ou 90% do CDI. Por exemplo, quando você compra um CDB que oferece 100% do CDI, isso significa que o investidor terá como retorno o equivalente integral à taxa média dos empréstimos realizados entre os bancos.

Se, por outro lado, o CDB oferece apenas 80% do CDI, o investidor receberá apenas uma parte da taxa DI, no caso, 80%. Porém, em ambos os casos, se a taxa DI subir durante o período do investimento, o retorno para o investidor também aumentará. Se cair, o retorno também será menor.

Esses são os investimentos que chamamos de pós-fixado. Ou seja, o investidor sabe desde o início qual indicador será usado como referência (no caso o CDI). Mas, não tem certeza de qual será o retorno efetivo, já que isso dependerá das variações da taxa DI ao longo do período de aplicação.

Também existem investimentos que remuneram pós-fixado com a fórmula CDI mais spread. Ou seja, é a taxa DI somada a outra taxa de juros de 1% ou 2% ao ano.

Vale a pena investir em pós-fixado atrelado ao CDI atualmente?

o que é CDI

Sempre que for analisar se algum investimento vale a pena, pense se a rentabilidade dele é capaz de superar a inflação. Afinal, caso ele renda menos que a inflação, você não terá um dinheiro que lhe dê o mesmo poder de compra de quando investiu.

Se você não fizer esse tipo de análise, poderá acabar se frustrando, poupando dinheiro para investir e, descobrindo depois, que o valor recebido não compra o que, originalmente, o valor investido compraria.

Então, sempre avalie os riscos do investimento, os seus objetivos com ele, os prazos de retorno, os retornos potenciais e a inflação – tomando uma decisão mais consciente de investimento.

Se analisarmos o cenário atual, com a taxa Selic voltando a aumentar depois de anos em queda, os investimentos atrelados à Selic e ao CDI começam a se tornar mais interessantes do que em anos anteriores.

Porém, é sempre importante que você faça os cálculos considerando a inflação atual e a tributação do Imposto de Renda. No caso dos CDBs, por exemplo, ela é progressiva, ou seja, quanto mais tempo seu dinheiro fica investido, menos imposto você paga. 

Somente assim você saberá se, no seu caso, vale a pena investir em alternativas pós-fixadas atreladas ao CDI. De forma geral, a renda fixa sempre terá espaço na carteira dos investidores. Nos perfis mais moderados e conservadores, ela será a maior parte, e nos perfis mais arrojados, ela entra em menor quantidade, para equilibrar as perdas e manter o patrimônio.

Agora você já sabe tudo sobre CDI? Aproveite também para baixar o nosso Guia “Onde investir em 2021”. Quer ajuda para fazer valer esse investimento? Entre em contato com um dos nossos consultores, eles podem te ajudar a ter mais sucesso no seu investimento!

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