Onde investir 2020?
Prezado leitor,
Feliz ano novo!
Aqui é o Flávio Lemos, sócio da Trader Brasil Investimentos.
Estou de volta ao batente após umas merecidas férias.
Há um ano atrás, (veja aqui) fizemos nossa previsão em 19 de janeiro que o índice bovespa em 12 meses estaria em 120.000 pontos. Bem já na primeira semana de janeiro atingimos 18.500 pontos nada mal não?
O ano começa promissor para Brasil, e os sinais de retomada são claros e consistentes, como tantas vezes temos conversado por aqui nestes últimos tempos. Agora, o caminho é longo e complexo.
Ao investirmos não há verdades definitivas e os processos tem uma dinâmica que não pode ser desprezada.
Um olho no peixe e outro no gato.
Não que vamos mudar nossa posição a cada Manchete, eu sou um grande crítico das mudanças nas projeções do Focus a cada semana. Mas aí é que está a beleza da coisa, não é cobrindo os ouvidos que você vai impedir que as más notícias aconteçam, mas sim estando com os ouvidos atentos.
No atual cenário, a nossa visão é de que o Banco Central tem espaço para baixar a Selic até 4,25% a.a. em fevereiro, o que implica em um corte adicional de 0,25 pp, e permanecendo nesse patamar até o final de 2020.
Rentabilidade das classe de ativos em 2019, com a volatilidade no período do maior índice de Sharpe para o menor
Lembrando que Índice de Sharpe, criado por William Sharpe (Nobel de Economia em 1990), é um indicador que permite avaliar a relação entre o retorno e o risco de um investimento. Quanto maior o índice, melhor o fundo é gerido e adicionalmente se o índice for negativo, mostra que o gestor perdeu para a renda fixa.
Em 2019, Os FIIs, ações small caps e as NTN-Bs longas foram os melhores investimentos ajustados pelo risco, mas o mercado é dinâmico e isso pode mudar para este ano.
ATIVO EM 2019 | Rentabilidade % | Volatilidade % | Indice de Sharpe |
IFIX (FUNDOS IMOBILIÁRIOS): | 36% | 4% | 7,50 |
AÇÕES SmallCaps: | 58% | 16% | 3,25 |
Juro Real 30y: | 64% | 18% | 3,22 |
Pré 2y: | 12% | 2% | 3,00 |
5y: | 22% | 6% | 2,67 |
S&P 500: | 28% | 12% | 1,83 |
IHFA (Índice de Hedge Funds ANBIMA) | 11% | 3% | 1,67 |
Bitcoin: | 145% | 85% | 1,64 |
Ibovespa: | 32% | 18% | 1,44 |
Ouro: | 28% | 21% | 1,05 |
CDI: | 6% | 0% | – |
Dólar: | 4% | 11% | – 0,18 |
Poupança | 3,96% | 0% | – |
Impactos do juro real baixo
Com a taxa de juros hoje em 4,5%, é hora de buscar novas formas de investir.
Se você investe na poupança, por exemplo, ou em um CDB de algum banco que pague 85% do CDI (taxa de juros), o seu dinheiro vai render 3,2% e 3,8% ao ano, respectivamente.
O desafio fica ainda maior considerando que a expectativa do mercado é de que a taxa de juros caia dos 4,5% atuais para 4,25% até o fim do primeiro trimestre de 2020, como falamos acima.
Assim, considerando esse ritmo, obter retornos reais vai ficar ainda mais difícil. Veja a diferença: aquela mesma poupança e aquele CDB de 85% do CDI vão render:
E a Bolsa de valores em 2020?
Em um Brasil de juros baixos, ficar com dinheiro parado em renda fixa de baixo risco talvez seja uma atitude bem arriscada: seu capital vai render muito pouco e você vai deixar de investir em ativos de maior rentabilidade no longo prazo.
Gráfico múltiplo P/L forward: (P) É o preço da ação hoje dividido pela expectativa de lucros (L) para os próximos 12 meses das ações que compõe o Ibovespa.
O múltiplo P/L do Ibovespa atingiu 13,6x, chegando ao 2º desvio-padrão acima da média móvel de 2 anos, mas lembrando que agora a taxa de juros é bem mais baixa do que toda a curva.
Acreditamos que seja viabilizada a entrada de recursos da ordem de R$ 210 bilhões no mercado acionário brasileiro em 2020, incluindo alocação adicional de fundos de pensão em investimentos em ações e assumindo que os investidores estrangeiros absorverão aproximadamente um terço de todas as ofertas de ações no próximo ano.
Ou seja Acreditamos que o o preço das ações ainda não refletem a perspectiva de aumento do PIB em 2020 com uma projeção de 20% acima dos preços atuais, com um IBOVESPA EM CERCA DE 140.000 PONTOS PARA 12 MESES.
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Quais são os principais temas de investimento para as ações brasileiras em 2020?
(1) Taxas de juros mais baixas por período mais longo: Positivo para ações com características de títulos de dívida, setores/ações que historicamente pagam altos dividendos e nomes relacionados ao mercado de capitais. – nomes que devem continuar se beneficiando de juros mais baixos por mais tempo;
(2) Crescimento do PIB: o crescimento do crédito será o principal fator. A alavancagem ainda é baixa no Brasil, esperamos que os bancos lancem novas linhas de crédito com boas garantias, e a recente retomada da criação formal de empregos impulsionará a demanda por crédito. Esperamos que setores mais dependentes de crescimento do crédito vs. lucro tenham maior destaque em 2020, como por exemplo, o setor de construção.
(3) Nomes de qualidade – eles protegem a carteira no curto prazo, mas também se beneficiam da retomada econômica adiante;
(4) Cíclicos globais descontados – mas de forma seletiva, dadas as incertezas globais ainda elevadas.
(5) Privatizações, concessões e vendas de ativos: tema relevante para petróleo e gás, transporte e serviços públicos. A venda da cesta de ações pelo BNDESPar pode causar alguma pressão momentânea para algumas ações, mas o ingresso esperado de novos recursos em ações absorverá facilmente essas vendas, em nossa opinião.
A agenda de reformas avançará lentamente em 2020: O espaço para discussões e aprovações é estreito em 2020 devido às eleições municipais e considerando que as reformas em discussão são complexas. Três reformas parecem ser as principais prioridades em 2020: o marco regulatório de saneamento, medidas para lidar com o teto das despesas públicas e a reforma tributária.
Três riscos positivos e negativos para as ações brasileiras em 2020
Riscos negativos: Maior aversão ao risco no cenário global, mantendo prêmios de risco elevados para os ativos brasileiros; risco político no Brasil; possível proposta pelo governo de combinação de uma alíquota de imposto sobre dividendos de 20% e uma redução na alíquota de imposto de Renda de 5p.p.
Riscos positivos: maior apetite ao risco global do investidor nos países emergentes; Congresso aprovando reformas macro antes do esperado, por exemplo um imposto federal (IVA) e PEC de emergência; crescimento do PIB acima do esperado em 2020. Nesta hipótese, o Ibovespa poderia ter alta de quase 40% em dólares em 2020.
E a inflação?
Inflação é como febre. Não pode ser jamais ignorada, pois pode ser sinal de algo mais grave acontecendo na economia.
A inflação brasileira começa a dar sinais de reaparecer. O IGP-M que regula o reajuste dos aluguéis foi de 7,32% em 2019. O crescimento da inflação pode limitar novas quedas de juros, principalmente se o PIB crescer o que se espera em 2020 (cerca de 2,5%).
E os Fundos Imobiliários?
O ano de 2019 foi emblemático para os Fundos Imobiliários no Brasil, marcado por sucessivos recordes e uma forte performance dos FIIs.
O forte desempenho dos FIIs nos últimos anos pode estar intimamente relacionado com a existência de uma correlação negativa com a taxa básica de juros (Selic). A queda da taxa de juros tem feito com que os investidores procurem alternativas mais rentáveis para seus investimentos. Uma das possibilidades tem sido os fundos de investimento imobiliário, produto que o investidor pode ter ganhos através da valorização de suas cotas e através do pagamento de dividendos isentos para pessoa física (normalmente, o pagamento é mensal). Assim sendo, o cenário atual de Selic tem favorecido o desempenho destes fundos.
Muitas pessoas físicas entraram na bolsa através destes fundos, como deu para perceber com o grande fluxo de dinheiro. Porém, em minha humilde opinião de engenheiro civil, muitos fundos imobiliários já ficaram caros, com alta relação entre valor de mercado / valor patrimonial e com baixo Dividend Yield.
Veja o caso do KNRI11 que está com dividend yield de 4,11%( que dá 0,33% ao mês) e valor de mercado de 132% acima do valor patrimonial. Eu só acho que simplesmente o risco não vale o retorno entregue, mas voce que decide.Sempre.
Este mercado requer atenção especial visto que muitos fundos estão com valores irreais para a taxa de dividendos que pagam e já incorporando em alguns casos, aumento do valor dos imóveis, de aluguéis com diminuição da vacância.
Neste momento, acreditamos que o potencial de ganhos para as cotas está muito mais relacionado ao crescimento da economia real, portanto, sugerimos aos investidores que busquem Fundos de Investimento Imobiliário de ativos de alta qualidade, e aqueles mais dependentes da retomada do PIB, como, por exemplo, shoppings e galpões logísticos.
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A nova era dos investimentos no Brasil já começou, mas o país ainda não se adaptou.
Está na hora de mudar e buscar carteiras mais otimizadas, pois o seu futuro depende disso.
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Veja abaixo o Calendário de eventos & riscos de 2020 da Nomura.
Sempre bom lembrar do que temos no front.
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Feliz ano novo!
Cordial Abraço,
Flávio Lemos, CFP, ANCORD, PQO
Tendo alguma dúvida, é só me falar.
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Telefone e whatsapp : (21) 2524 -7788|(11) 2386-4080
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