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A ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central que aponta para a Selic em um piso de 9% neste ano fez a alegria daqueles que criticam os altos juros praticados no país. No entanto, a sinalização deixou muitos investidores preocupados, principalmente os que aplicam em produtos que têm remuneração atrelada à taxa básica. A solução, de acordo com especialistas, é migrar para aplicações como caderneta de poupança ou alguns títulos do Tesouro Direto, no caso dos conservadores, ou mesmo em fundos multimercado, para os mais arrojados.A queda dos juros tem impacto sobre todos os investimentos atrelados à Selic – que hoje está em 9,75% ao ano – ou que tem desempenho conforme o indicador Certificado de Depósito Interbancário, que são títulos emitidos por bancos e são comprados por outros bancos. O CDI também tem como referência a Selic e que paga uma remuneração próxima à taxa.

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Já a caderneta de poupança surge como um forte polo de atração de investidores, de acordo com Espírito Santo, pois rende uma taxa média de 0,5% ao mês, mais a Taxa de Referência calculada pela média dos Certificados de Depósitos Bancários (CDB), títulos de renda fixa ofertados pelos bancos no varejo. Isso dá um rendimento superior a 6% ao ano.

Outra escapatória que os investidores têm é correr para os investimentos prefixados, aqueles cuja rentabilidade é definida no momento da compra. Nesse grupo entram as Letras do Tesouro Nacional (LTN), também do Tesouro Direto, CDBs e alguns títulos de renda fixa, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários.

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Além do CRI, as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito Agrícola (LCA), emitidas por bancos com lastro em operações imobiliárias ou agrícolas, podem surgir como boas opções também.

Também é interessante aplicar em Nota do Tesouro Nacional, série B (NTN-B), que são títulos do Tesouro atrelados ao IPCA, a inflação oficial, explica Guilherme Cybrão Nascimento, analista da Trader Brasil. “Esses papéis pagam o IPCA do período mais o ganho real dos juros. Com a queda da Selic, a inflação tende a subir um pouco, então esses títulos são interessantes”, destaca.

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O investidor que não se importa em correr risco pode buscar retorno na bolsa ou em fundos multimercado, o qual pode ser composto por ativos de renda fixa e variável. “Além de melhorar a rentabilidade, ele pode diversificar a carteira em produtos que não estejam expostos totalmente à Selic”, afirma Cybrão Nascimento, que lembra que a bolsa é um investimento de longo prazo. Por isso, se a pessoa for precisar do dinheiro em um ano, o melhor é aplicar em título do governo, recomenda.

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