SÃO PAULO – Às vésperas da estreia das ações da PortX no Novo Mercado da BM&F Bovespa, os papéis de sua empresa mãe, a LLX Logística (LLXL3) fecharam esta quinta-feira (2) em baixa de 3,76%, cotados a R$ 8,18 cada, a segunda pior performance do Índice Bovespa no pregão. A nova companhia é fruto da cisão parcial da LLX, compreendendo os seus ativos do Porto Sudeste.
Conforme informado pelas companhias, as ações ordinárias da PortX passarão a ser negociadas na bolsa na próxima sexta-feira (3) sob o código PRTX3, “sendo certo que os detentores de ações de emissão da LLX em 2 de dezembro de 2010 farão jus ao recebimento de ações de emissão da PortX, na proporção de 1 ação ordinária de emissão da PortX para cada ação ordinária de emissão da LLX”.
Diante da estreia dos papéis, o analista do BTG Pactual, Rodrigo Góes, calcula um NAV (Net Asset Value) para a PortX de R$ 4,82 por ação, levando em consideração uma taxa de desconto de 8% e sem crescimento na perpetuidade, com volume máximo transportado no porto de 50 milhões de toneladas até 2014. Góes ainda explica que, mesmo se apenas os volumes mínimos forem garantidos, o valor justo da PortX é de R$ 2,54 por ação.
Detalhes da operação
Conforme comunicados enviados ao mercado pela LLX, em acordo com a MMX Mineração (MMXM3) e a Centennial Asset, a cisão parcial da LLX faz parte da compra de 100% da LLX Sudeste pela mineradora por aproximadamente US$ 2,3 bilhões. Dessa forma, depois da listagem da PortX, a MMX deverá realizar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) das ações da empresa.
Atualmente, segundo Góes, há dois contratos garantindo volumes mínimos no Porto Sudeste. O primeiro é da MMX de transporte de 10,4 milhões de minério de ferro em 2013, 25,5 milhões em 2014 e 27,2 milhões anuais de 2015 a 2033. O segundo é da Usiminas, com volumes de 2,4 milhões do produto em 2012, 3,2 milhões em 2013, 6,4 milhões em 2014 e 9,6 milhões em 2015 e 2016.
Fonte: InfoMoney
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