São Paulo, 18 – As ações da OGX abriram o pregão desta segunda-feira em forte baixa, chegando a bater a cotação mínima de R$ 16,35, com retração de mais de 16%, após a empresa ter divulgado na noite de sexta-feira o relatório da DeGolyer & MacNaughton (D&M) com levantamento sobre o volume de recursos potenciais líquidos da empresa. Às 10h50, o papel cedia 12,42%, com volume de R$ 479,1 milhões. No mesmo momento, o Ibovespa operava com desvalorização de 1,40%, aos 65.726,22 pontos.
Conforme o relatório da D&M, o volume de recursos potenciais líquidos da OGX já atinge os 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), incremento de 58,8% em relação ao portfólio divulgado ao final de 2009, de 6,8 bilhões de BOE.
Além do relatório, o presidente da empresa, Eike Batista, informou que desistiu de vender 30% de sua participação em blocos na Bacia de Campos como estava previsto anteriormente. Agora, apenas 10% da participação em sete blocos é que continuará a ser negociada. Ele sinalizou que a manutenção da intenção de venda de 10% visa a uma capitalização da empresa para garantir os investimentos previstos para o desenvolvimento das áreas em que foram identificadas as reservas. Ainda de acordo com o empresário, a OGX deverá ser listada na Bolsa de Londres em no máximo três meses.
Para o analista da Socopa, Osmar Camilo, apesar das reservas potenciais terem aumentado significativamente, havia uma expectativa no mercado de que os recursos contingentes ficassem próximos de 4 bilhões de barris. O número divulgado, no entanto, foi de 3 bilhões de barris. “O mercado parece ter se cansado das promessas do Eike (Batista)”, avalia.
Operadores destacam ainda vários relatórios divulgados hoje por bancos de investimento e corretoras reduzindo a recomendação para os papéis da companhia. Um deles foi o BTG Pactual, que divulgou relatório rebaixando a recomendação para os papéis da OGX de compra para neutro. O banco também reduziu o preço-alvo para R$ 21,63, ante R$ 27,63 mantido anteriormente.
Fonte: (Beth Moreira e Equipe AE)