Mercados Hoje
Com os investidores digerindo as informações da reunião do FOMC da véspera, dados divulgados ontem à noite na China dão o tom aos negócios. Foram conhecidos indicadores de produção industrial, CPI, PPI e vendas no varejo no gigante asiático, indicadores estes demonstrando ainda uma certa desaceleração na economia do país. Seguem os dados:
CPI: subiu 3,3% em julho; previsão: 3,4%. O indicador foi afetado pela elevação nos preços dos alimentos, em meio às enchentes no país.
PPI: subiu 4,8% em julho; previsão: 5,4%
Produção industrial: cresceu 13,4% em julho; previsão: 13,2%.
Vendas no varejo: alta de 17,9% em julho; previsão: 18,4%
Sentimento de aversão a risco nos mercados, principalmente após a frase do Fomc de que “o ritmo da recuperação deve ser mais modesto no curto prazo do que havia sido antecipado”
Brasil
LLX – A companhia encerrou o trimestre com prejuízo de R$ 5,393 milhões, contra um lucro líquido de R$ 50,788 milhões no mesmo período do ano passado, porém acima das projeções dos analistas que previam um prejuízo de R$ 28 milhões. A receita líquida R$ 5,453 milhões, crescimento de 50,5% na comparação anual, bem acima dos R$ 2,955 milhões esperados pelo mercado. O resultado financeiro foi o destaque negativo com uma receita de R$ 13,857 milhões, 83% inferior à de R$ 82,981 milhões no segundo trimestre de 2009. O relatório de desempenho da companhia no segundo trimestre de 2010 não informa o dado de EBITDA.
CSN – A companhia divulgou ontem (10) seus números do segundo trimestre de 2010. Em termos gerais a CSN apresentou um forte resultado, que foi impulsionado por ganhos de eficiência financeira, altas sobre o preço do minério de ferro e maior volume de vendas de aço siderúrgico. A receita liquida alcançou a marca de R$ 3,87 bilhões, um crescimento de 55% na comparação anual e de 22% na comparação trimestral, mas abaixo dos R$ 3,91 bilhões esperados pelo mercado. A empresa explicou que o grande crescimento da receita veio do segmento de mineração, que avançou 86% frente ao primeiro trimestre do ano. O EBITDA ficou em R$ 1,8 bilhões, crescimento de 147% na comparação anual, levemente acima dos R$ 1,78 bilhões esperados pelo mercado. A margem EBITDA foi destaque com um crescimento de 5,4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, alcançando os 46,4% que é a maior margem EBITDA apresentada pela empresa nos últimos sete meses. O lucro líquido ficou em R$ 894 milhões, crescimento de 167% na comparação anual, bem acima dos R$ 830 milhões esperados pelo mercado. Os destaques ficam para; crescimento de 20% na comparação anual nas vendas de minério de ferro, alcançando a marca de 11,9 milhões de toneladas (93% deste volume foi exportado); crescimento de 31% na produção de laminados em relação a 2009; lucro líquido alcançou R$ 1,4 bilhões no semestre, 95,5% de crescimento em relação ao ano passado; EBITDA no semestre também apresentando um vigoroso crescimento de 120% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo a marca de R$ 3,1 bilhões.
Petrobras – Junto com o balanço que a empresa divulgará na sexta-feira deverá vir a informação que mostra que a estatal investiu R$ 34,8 bilhões de janeiro a junho, de um total de R$ 37,9 bilhões do conjunto das empresas federais. Isso representa um crescimento de 30% sobre os desembolsos da Petrobrás no mesmo período de 2009 e é mais do que a empresa investiu em 2007. O dispêndio aprovado para esse ano é de R$ 88,5 bilhões, o que mostra que a empresa precisará acelerar ainda mais os gastos para o segundo semestre. O único problema é o seu alto índice de endividamento está perto do limite considerado confortável e que esse plano de investimento supera em muito a geração de caixa da companhia.
MMX – A mineradora deve apresentar um balanço no vermelho e um resultado operacional negativo no segundo trimestre do ano, com o impacto de uma perda de R$ 65 milhões em decorrência da suspensão de um contrato de afretamento de minério de ferro de Corumbá (MS). A boa noticia deve vir por conta do aumento de 400% na receita com venda de minério de ferro, favorecida pela a alta do preço do produto. No geral, porém, a performance da mineradora pode desapontar um pouco. O principal motivo foi o encerramento do contrato antecipado que a empresa fechou em 2008 com Kristen Marine que rendeu essa multa de R$ 65 milhões à MMX. De acordo com o mercado o rompimento desse contrato se deu porque a mineradora não tinha volume de minério suficiente para entregar.
Braskem – A empresa fechou contrato com pelo menos dez usinas de etanol para a compra de álcool químico. O produto será utilizado para a produção de resina verde na fábrica em Triunfo. A empresa consumirá cerca de R$ 700 milhões de litros anuais de etanol, o que a tornará a maior consumidora global desse produto para uso químico. Além da ETH Bionergia, empresa sucroalcooleira da Odebrecht, conglomerado que também controla a Braskem, e Cosan, outras oito usinas fazem parte do seleto grupo de fornecedores, eles são Bunge, Copersucar, AdecoAgro, CPA Trading, Noble, Açúcar Guarani e Mandu. A empresa não detalhou o valor do contrato nem o volume fechado com cada usina. Porém estimativas ficam em torno de R$ 700 milhões ano. O Consumo de resinas termoplásticas deverá crescer 10% este ano, atingindo 4,7 milhões de toneladas.
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