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oglobo-economia com Flávio Lemos da Trader Brasil

14/12/2011

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Com mais um corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), decidido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) na última quarta-feira, os fundos de investimento mais usados pelos brasileiros perderão rentabilidade. Segundo especialistas, porém, com a Selic a 11%, ainda não chegou a hora de a caderneta de poupança se tornar a aplicação mais vantajosa na comparação com os fundos DI e de renda fixa. Mas será preciso fazer contas. A busca por taxas de administração menores e a atenção ao prazo da aplicação serão indispensáveis para quem quer retorno superior à poupança com baixo risco.

Segundo projeções de Flavio Lemos, diretor da Trader Brasil Escola de Investidores, com a Selic a 11%, o rendimento mensal dos fundos DI deverá ficar em 0,83% e o dos fundos de renda fixa, em 0,81%. Em agosto, quando a Selic era 12,5%, o retorno médio mensal dessas categorias de fundos ficou em 1,09% e 1,27%, respectivamente, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

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O mesmo deverá ocorrer com os CDBs (títulos dos bancos), que, assim como os fundos, têm o retorno balizado pelo CDI — taxa média dos empréstimos entre bancos, que segue a Selic. Desde o meio do ano, o retorno dos CBDs vem caindo.

Ainda assim, segundo simulação no site Comdinheiro.com.br, os fundos DI com taxa de administração de 2% ganham da poupança, para aplicações de um ano de duração. Com a Selic a 11%, R$ 5 mil aplicados por um ano num fundo DI resultaria em R$ 5.385,76. O mesmo valor pelo mesmo tempo na caderneta resultaria em R$ 5.359,57 — R$ 26,19 a menos.

Mercado futuro de juros aponta Selic a 9,5% em 2012

A médio prazo, pode haver um ciclo maior de baixa no juro. Embora os diretores do BC tenham mantido o discurso de “ajustes moderados” na Selic, o agravamento da crise das dívidas soberanas na Europa poderá levar o BC a estimular a $. As taxas negociadas nos contratos de juros futuros consideram mais três cortes de 0,5 ponto nas três próximas reunião do Copom. Assim, a taxa básica poderia chegar, em 2012, a 9,5%. Nesse patamar, o rendimento dos fundos cairá mais, aproximando-se do retorno da poupança.

— Está na hora de começar a fazer contas — diz Fábio Gallo Garcia, professor de finanças da FGV-SP e da PUC-SP. — Dependendo da taxa de administração do fundo, a rentabilidade pode perder da poupança — completa.

A redução da rentabilidade dos fundos torna ainda mais $a pesquisa para encontrar taxas de administração mais vantajosas. Gilberto Braga, professor de finanças do Ibmec/RJ, explica que, quanto menor a Selic, maior é a mordida da taxa de administração.

Cálculos do site Comdinheiro.com.br mostram que, com a Selic a 11%, o retorno bruto $(sem descontar IR) de um fundo com administração de 2% equivale a 81,02% do CDI. Se a Selic for a 9,5%, o fundo com taxa de administração de 2% passa a render 78,18% do CDI.

Hora de buscar estratégias para pagar taxa menor

Busque estratégias para conseguir menores taxas de administração. Uma delas pode ser concentrar recursos na mesma instituição financeira. Os fundos com custo menor geralmente têm valores de entrada maiores.

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Também será preciso levar em conta o tempo da aplicação, pois quanto mais tempo os recursos ficam aplicados, menos Imposto de Renda (IR) o investidor paga. Como a poupança não paga IR, se o fundo leva uma mordida maior do Leão, a comparação fica vantajosa para a caderneta.

De acordo com Braga, do Ibmec/RJ, o investidor deve saber quando precisará do dinheiro. Recursos a serem utilizados em um ou dois meses — como no $do 13 salário que servirá para pagar IPTU e IPVA à vista no início do ano — ficariam melhor na poupança.

— A curtíssimo prazo, o fundo não compensa. É melhor ganhar o que der na poupança — recomenda Braga.

Para aplicações mais longas, o diretor da Trader Brasil Escola de Investidores, Flavio Lemos, acha que ainda é cedo para falar em poupança mais vantajosa.

— Por enquanto, a poupança é o pior investimento possível — opina Lemos, que acrescenta que somente quando a Selic estiver abaixo de 10% será preciso fazer contas.

No momento, o melhor caminho para investidor conservador, na avaliação de Lemos, é aplicar nos títulos públicos atrelados à inflação, seja pelo Tesouro Direto, seja por fundos.

Já o professor de finanças Rafael Paschoarelli Veiga, da USP e do Insper, responsável pelo site Comdinheiro.com.br, para ganhar mais, o investidor precisará buscar opções “fora da prateleira” dos bancos, como o Tesouro Direto, fundos imobiliários e debêntures (títulos de empresas).
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/investimento-em-di-renda-fixa-perde-com-juro-menor-mas-ganha-da-poupanca-3382896#ixzz1gWkj1BIl
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